Estimulação Magnética Transcraniana

Estimulação Magnética Transcraniana

A Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) consiste numa técnica de estimulação cerebral, que recorre a campos magnéticos gerados por uma bobine de estimulação, com o propósito de estimular ou inibir zonas específicas do cérebro que estão correlacionadas com determinadas patologias.
Promovendo uma estimulação repetida a uma região delimitada do cérebro procura-se alcançar uma melhoria clínica e consequente redução sintomatológica. Esta técnica terapêutica tem-se revelado como uma alternativa segura aos tratamentos convencionais e com resultados positivos para diferentes quadros clínicos.


A Clínica da Luz tem ao dispor esta inovadora técnica terapêutica na área da psiquiatria através do Programa de Estimulação Magnética Transcraniana. De seguida encontra alguns esclarecimentos sobre a EMT e caso surjam mais questões poderá nos contactar.


1. O que posso esperar de uma sessão de EMT?

A primeira sessão de EMT terá uma duração aproximada de duas horas, em que serão realizadas várias medições com o intuito de assegurar que a bobine fica corretamente posicionada sobre a cabeça do paciente. Nas sessões de estimulação subsequentes será aplicado o protocolo, previamente definido e personalizado para cada paciente e condição clínica, que consiste numa sequência de estímulos que o paciente ouvirá, à semelhança de uma Ressonância Magnética. No final da sessão, e após alguns segundos, o paciente poderá levantar-se sendo a recuperação imediata. Durante todas as sessões o paciente estará consciente uma vez que não se recorre a qualquer tipo de anestesia.

2. Durante quanto tempo devo fazer o tratamento?

Uma vez definido um protocolo personalizado serão realizadas sessões diárias, que poderão estender-se por um período de 5 a 40 minutos e decorrer ao longo de 1 a 4 semanas. Poderá ser sugerido ao paciente que as sessões sejam realizadas em contexto de internamento, em função da gravidade da condição clínica ou com o intuito de promover uma maior comodidade durante o tratamento.

3. Irei sentir dor ou outro tipo de efeitos secundários?

A EMT é um tratamento indolor e bem tolerado na generalidade. No que respeita os efeitos secundários, uma pequena percentagem de pacientes refere uma ténue sensação de desconforto na cabeça durante o tratamento, dores de cabeça ligeira ou zumbidos, que se revelam transitórios. Até este momento não foi relatado nenhum efeito secundário grave ou letal com a EMT. Este tratamento não provoca alterações ao nível da memória, nem ao nível da personalidade e não resulta em desorientação.

4. Como sei que é indicado para mim?

Para se aferir se tem indicação para realizar este tratamento terá que ser agendada uma consulta de avaliação inicial em que é realizada uma análise da situação em concreto, um esclarecimento de todas as dúvidas e é elaborado um programa de tratamentos. No entanto, este tratamento tem indicação para casos de patologia depressiva grave, resistente aos métodos terapêuticos convencionais (terapêutica medicamentosa e psicoterapia), ou cujo tratamento com antidepressivos provoca efeitos secundários intoleráveis. Pode igualmente ser eficaz na dor neuropática e como coadjuvante no tratamento de determinadas patologias degenerativas cerebrais (Acidentes Vasculares Cerebrais e Síndromes Demenciais). Existem poucas contra-indicações absolutas para o tratamento, apenas aquelas que habitualmente se aplicam à realização de Ressonância Magnética.

5. Que resultados posso esperar deste tratamento?

Este tratamento tem uma eficácia comprovada cientificamente no tratamento da depressão resistente independentemente do tempo de evolução ou da gravidade dos sintomas (perda de energia, apatia, alterações do sono, fadiga, sentimento de inutilidade, entre outros). Os resultados evidenciam-se de forma mais célere que o tratamento medicamentoso, e tem revelado benefícios de forma consistente. Para além dos resultados no tratamento da depressão, esta técnica tem sido aplicada em várias patologia psiquiátricas e neurológicas com resultados favoráveis.

6. É uma técnica terapêutica segura?

Sim, é uma técnica terapêutica segura, tendo a sua segurança sido verificada amplamente na prática clínica e em contexto de investigação. São realizados estudos nesta área de intervenção desde a década de oitenta e desde o ano de 2008 que a autoridade de saúde dos EUA aprovou a sua utilização em casos de depressão.